Primeiro Atlas do Trabalho Escravo traz ferramenta de prevenção para as empresas
Descobrir o risco de envolvimento com trabalho escravo não é mais como procurar agulha num palheiro. Com o Atlas do Trabalho Escravo no Brasil, lançado hoje (16) pela OSCIP Amigos da Terra – Amazônia Brasileira, é possível conhecer a probabilidade do fenômeno em setores da economia e municípios de todo o país. Atividades relacionadas com pecuária ou carvão vegetal, em certas regiões da Amazônia, estão entre os exemplos de risco muito alto de existência de trabalho escravo.
“Apresentamos uma ferramenta com a qual financiadores e empresas, em vez de reagir aos problemas, podem preveni-los, focando onde o risco é maior. Mas é essencial que a ferramenta seja atualizada constantemente”, destaca Roberto Smeraldi, Diretor da Amigos da Terra – Amazônia Brasileira
Realizado pelos geógrafos da USP Hervé Théry, Neli Aparecida de Mello, Julio Hato e Eduardo Paulon Girardi, com apoio da Organização Internacional do Trabalho (OIT), o Atlas foi desenvolvido com uma metodologia inédita que caracteriza a distribuição, os fluxos, as modalidades e os usos do trabalho escravo no país, nas escalas municipal, estadual e regional, utilizando fontes oficiais e consolidadas.
Os dois novos produtos que o Atlas oferece para a sociedade brasileira são o Índice de Probabilidade de Trabalho Escravo e o Índice de Vulnerabilidade ao Aliciamento. No primeiro caso, trata-se de uma ferramenta inovadora e essencial para gestores de políticas públicas e agentes do setor privado, que pode contribuir expressivamente em ações de planejamento.
“Em razão do Índice de Probabilidade estar disponível em escala municipal, as instituições financeiras poderão incorporar uma maior precisão nos procedimentos de avaliações de risco”, esclarece Oriana Rey, Assessora do Programa Eco-Finanças da Amigos da Terra – Amazônia Brasileira.
O Índice de Vulnerabilidade ao Aliciamento, por sua vez, é uma ferramenta a ser aplicada principalmente por gestores de políticas públicas e sociais, uma vez que aponta para as regiões de origem do escravo.
Por meio da aplicação de metodologia, o Atlas também oferece um perfil típico do escravo brasileiro do século XXI ao decrevê-lo como um migrante maranhense, do Norte do Tocantins ou oeste do Piauí, de sexo masculino, analfabeto funcional, que foi levado para as fronteiras móveis da Amazônia, em municípios de criação recente, onde é utilizado principalmente em atividades vinculadas ao desmatamento.
“A ferramenta desenvolvida criou uma metodologia extremamente útil para a sociedade civil”, afirma Hervé Thery, co-autor do Atlas.
Veja o documento na íntegra: Atlas do Trabalho Escravo
Olá,não estou conseguido aceder à página do link.
Grato.
Excelente material. Sou professora de história. Posso divulgar no meu blog?
Claro! É só citar a fonte.
Abraços
Obrigada!! Confira em http://arquivodahistoria.blogspot.com.br/ .
Abraços.
Parabens pelo esforço. A inovaçao dos indices é excelente. Eloisa Cabral
Parabéns com o trabalho. Fiquei com uma dúvida, a partir da apresentação do atlas neste site. Sabemos que há várias outras formas de trabalho escravo presentes no Brasil (no campo do trabalho doméstico, confecção de roupas, construção de hidrelétricas, mercado de sexo, garimpos etc.) e que nele são envolvidas mulheres, homens, nordestinos, bolivianos… Será que o Atlas focou especificamente o trabalho masculino no campo? A afirmação nesta apresentação me parece, por enquanto, ocultar outras formas de trabalho escravo e talvez até discriminar entre o que se entende por trabalho e o que não. Vou ler com interesse o atlas e seus eventuais comentários
Parabens pelo pesquisa. Espero que os órgãos de proteção ao trabalhador façam a sua parte. Pois agora temos o endereço da injustiça….não há mais desculpas o endereço e o caminho para a açõa está em suas mãos.
Parabéns pelo trabalho!!!! É um esforço intelectual louvável para pensar nas formas de sobrevivências pouco palpáveis em censos, mapas e outras maneiras de representar o território. A noção de trabalho escravo é resgatada do limbo da memória abolicionista e ganha uma materialidade no presente. Fiquei muito empolgado com a leitura do livro.
Gostaria de saber se PEC 438, só contempla a área rural, pois ainda hoje na área urbana tem trabalho escravo,jornada de trabalho, sobrecarga de atividades para um funcionário,que deveria ter mais um. Como esta o andamento da aprovação.
Prezados Senhores,
Gostariamos de adquirir um exemplar do Atlas…em meio impresso. Onde devemos buscar informaqções sobre a compra e/ou doação do mesmo.
Cordialmente,
José de Ribamar Reis
Av.Pte. Vargas, 197, Ed. Importadora, sala 222,
Campina, CEP:66.010-000, Belém-PA
Olá José Ribamar,
O Atlas está disponível online.
É só acessar nesse link: http://amazonia.org.br/wp-content/uploads/2012/04/Atlas-do-Trabalho-Escravo.pdf
Você pode salvar no seu computador ou ler online.
Att,
equipe Amazônia
Prezados,
Primeiramente, quero parabenizar a OSCIP “Amigos da Terra” por este magnífico trabalho.
infelizmente o link disponibilizado pelo site não está redirecionando à página de download do Atlas. Vocês poderiam verificar?
Obrigada.
Olá Tatiana,
O link foi corrigido. Agradecemos o aviso e qualquer problema nos escreva.
Att,
Site Amazônia
it’s free!!!
Como faço para comprar um exemplar desse estudo?
Abraços,
Frederico
Prof. Dr. Frederico Fonseca da Silva
IFPR – Instituto Federal do Paraná / Federal Institute of Parana
Engenheiro Agrônomo / Agricultural Engineer
Doutor em Irrigação e Meio Ambiente / Ph.D in Irrigation and Environment
Acesso ao meu Curriculo Lattes / Updated Curriculum Vitae: http://lattes.cnpq.br/4691454480439777
Olá Frederico,
O mapa não está a venda. Ele está disponível online e gratuitamente. Não temos versões impressas dele.
O Atlas está disponível nesse link: http://amazonia.org.br/wp-content/uploads/2012/05/Atlas-do-Trabalho-Escravo.pdf