Reunião vai definir remanejamento de famílias de uma área de risco no município de Altamira
Um grupo que ocupava o prédio do Ibama por 20 dias deixou o órgão na quarta-feira (1) com a esperança de receber o aluguel social e mudar para uma moradia segura.

Uma reunião marcada para ocorrer em Brasília, na próxima semana, deve definir quando mais de 500 famílias serão remanejadas de uma área de risco, em Altamira, no sudoeste do Pará. Um grupo que ocupava o prédio do Ibama por 20 dias deixou o órgão na quarta-feira (1) com a esperança de receber o aluguel social e mudar para uma moradia segura.
“Nós conseguimos alugar uma casa e estamos nos mudando hoje pra cá e agora as coisas vão melhorar. Vai ter um canto para as crianças ficarem mais confortáveis”, disse a moradora.
O pagamento do aluguel social foi definido por meio de um acordo dos manifestante com a Norte Energia, Ibama e Defensoria pública da União, que encerrou os protestos na sede do instituto e na Rodovia Transamazônica que ficou interditada por quase 40 horas.
A previsão é que as 23 famílias recebam o pagamento do dinheiro do aluguel social a partir da próxima semana. Enquanto isso algumas famílias desabrigadas foram remanejadas para casa de parentes, outras conseguiram entrar em acordo com os proprietários de imóveis de casas de aluguel para fazer o pagamento após o recebimento do benefício que será pago pela empresa empreendedora da usina de Belo Monte
Ao todo são 988 famílias que foram cadastradas tanto na área da lagoa, como no entorno dela. Pelo menos 588 teriam o direito de ser remanejadas para uma área segura ou optar por indenização.
Reconhecidos pelo Ibama
O presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Sueli Araújo, anunciou no dia 13 de julho em Altamira, que centenas de famílias que vivem em palafitas do bairro Independente I foram reconhecidas como atingidas pelas obras da usina hidrelétrica de Belo Monte. Com isso, cerca de 4 mil pessoas teriam de ser remanejadas da área.
Essas pessoas vivem em palafitas no interior de uma lagoa, em condições insalubres, no meio do esgoto, lixo e sem água potável. A única forma de acesso são pontes de madeira improvisadas, que estão apodrecendo e oferecem risco.
Fonte: G1