Amazônia - Notícia e Informação
  • Notícias
  • Agronegócio
  • Biomas
  • Clima
  • Infraestrutura
  • Povos Tradicionais
  • Regional

data

16 de janeiro de 2013

Madeireiros agridem indígena e enfrentam agentes da Polícia Federal no sudoeste do Maranhão

Destaques, Notícias

O indígena Frederico Pereira Guajajara, da aldeia Juçaral, Terra Indígena Araribóia, Maranhão, foi agredido na manhã desta terça-feira, 15, por madeireiros do município de Amarante do Maranhão, sudoeste do estado, a cerca de 110 quilômetros de Imperatriz.
A agressão aconteceu porque os madeireiros estão revoltados com a apreensão de quatro caminhões e um trator feito pelos índios Pukobjê-Gavião, fato ocorrido na noite do último domingo, 13. Os veículos eram usados para a retirada ilegal de madeira de dentro da terra indígena. Frederico ressaltou que a agressão aconteceu porque os madeireiros o confundiram com os Pukobjê-Gavião.
O Guajajara relatou que “os madeireiros bateram na minha cabeça, me empurraram, quebraram meu celular e queriam me jogar no fogo, só não fizeram porque outros indígenas não deixaram”.
O clima em Amarante do Maranhão é tenso, o que se agravou com a chegada de agentes da Polícia Federal, Ibama e Funai para apreender os caminhões madeireiros retidos pelos indígenas Pukobjê-Gavião na ação de domingo para combater as invasões do território indígena.
Segundo as lideranças do povo Pukobjê-Gavião, os madeireiros atearam fogo em pneus para impedir a saída dos agentes da Polícia Federal. Sem poderem sair da aldeia Governador, e levar os caminhões apreendidos, os agentes solicitaram reforços.
Durante o protesto dos madeireiros, uma viatura da Polícia Federal foi apedrejada e os pneus furados. Dezenas de madeireiros estão reunidos no pátio de um posto de combustível na entrada da estrada que leva à aldeia Governador, onde os caminhões e o trator estão apreendidos.
O Ministério Publico Federal (MPF) foi acionado. As providências estão sendo tomadas para que seja efetivada a retirada dos caminhões e do trator que estão no pátio da aldeia.
As lideranças do povo Pukobjê-Gavião relataram: “Os madeireiros de Amarante estão dizendo que as lideranças que estão à frente do movimento não vão mais poder andar na cidade de Amarante do Maranhão”. Outra situação vivenciada pelos indígenas é o medo da invasão da aldeia Governador pelos madeireiros quando a Polícia Federal deixar a aldeia.
Para a comunidade do povo Pukobjê-Gavião, a situação necessita de uma resposta urgente dos órgãos responsáveis para impedir que os indígenas sofram represálias por defender seu território, indispensável para a sobrevivência física, social e cultural do povo.
Histórico
Mesmo com a demarcação do território Pukobjê-Gavião ter ocorrido em 1982, os problemas de invasão não cessaram e persistem em tempos atuais.
Na defesa de seu espaço social e cultural, os indígenas continuam enfrentando invasões de aldeias, como a que aconteceu em 2010, quando 40 madeireiros invadiram a aldeia Rubiácea para retirar apreensões feitas pela comunidade naquela ocasião.
A Terra Indígena Governador passa por um processo de nova demarcação, e, portanto, o território deveria estar livre da ação dos madeireiros, além de outros fatores que vão de encontro aos direitos dos povos indígenas.
Fonte: Cimi

“A morte não tira o fôlego de Pedro Casaldáliga. Sua casa sempre está aberta” MPF/AM: garantida reforma de Casa de Saúde Indígena em Lábrea

Related Posts

Biomas, Notícias

Ibama: Grupo vai fiscalizar fraudes em sistemas de controle florestal

Fire Moratorium - Deforestation and Fire Monitoring in the Amazon in August, 2020Moratória do Fogo - Monitoramento de Desmatamento e Queimadas na Amazônia em Agosto de 2020

Biomas, Destaques, Notícias

Além do desmatamento: 38% da Floresta Amazônica é afetada por outras formas de degradação

Notícias, Povos Tradicionais

Fome yanomami: por que reverter quadros de desnutrição é tão difícil

Pesquisar

Newsletters

Assine a newsletter

Amazônia - Notícia e Informação

Politica de Privacidade

  • Política de Privacidade
  • Termos & condições
O conteúdo do site Amazônia é de uso livre e irrestrito. Pode ser compartilhado desde que citada a fonte.
Conteúdos de sites parceiros devem ser observadas as políticas de terceiros.