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14 de abril de 2021

Mourão publica plano de redução de desmatamento na Amazônia no Diário Oficial

Biomas, Clima, Destaques, Notícias

    Plano foi publicado um mês antes de reunião sobre clima organizada pelo presidente dos EUA, Joe Biden, mas a meta divulgada é inferior à devastação registrada pelo governo

    Nesta quarta-feira (14), foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) a resolução Plano Amazônia 2021/2022 que apresenta uma meta de combate ao desmatamento Amazônico. Nela, o vice-presidente do Brasil e presidente do Conselho Nacional da Amazônia Legal, Hamilton Mourão, sinaliza que pretende reduzir o desmatamento até o fim de 2022 aos níveis da média registrados entre 2016 e 2020.

    A meta divulgada é menor do que a quantidade de desmatamento registrada no governo de Jair Bolsonaro. Esta é a primeira vez desde o início do governo Bolsonaro que o país apresenta uma meta oficial de combate ao desmatamento na Amazônia. Segundo a rede Observatório do Clima (OC), o objetivo do governo não é reduzir, mas deixar a Amazônia ao final de 2022 com uma devastação “apenas” 16% maior do que a registrada no período pré-Bolsonaro.

    Quando Bolsonaro assumiu, o desmatmento era de 7.500 km2. Ele o elevou em 48%, para 11.088 km2. A média 2016/2020 é 8.700 km2. Ou seja, @GeneralMourao quer ser aplaudido por prometer deixar o governo com uma devastação “apenas” 16% maior do que antes de ele assumir. /4 pic.twitter.com/cjx4FyR5J6

    — Observatório do Clima, 19 anos (@obsclima) April 14, 2021

    O documento apresenta um número oficial, 8.700 km² de desmatamento na Amazônia até o final do governo Bolsonaro, mas não explica quais medidas serão adotadas e não apresenta nenhuma previsão orçamentária para a ação.

    A meta apresentada por Mourão nesta quarta ocorre pouco mais de uma semana antes de o Brasil participar de reunião sobre clima organizada pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a “Cúpula dos Líderes sobre o Clima“, que será nos dias 22 e 23 de abril.

    Durante reunião virtual no último domingo (11), com políticos, economistas, diplomatas e empresários brasileiros, o embaixador americano no Brasil, Todd Chapman deixou um recado de que o governo dos EUA considera a Cúpula de Líderes sobre o Clima, como a última chance de o Brasil mostrar preocupação ambiental para recuperar a confiança dos americanos e ampliar as relações com a Casa Branca. Ele acrescenta que o país vai “se tornar herói” se fizer uma “declaração contundente” e retomar seu papel de protagonista no debate sobre meio ambiente.

    A mensagem mostra que essa é uma forma firme de Biden traçar as prioridades da agenda e dar um ultimato a Bolsonaro diante de influentes nomes dos setores público e privado. Os EUA querem que o Brasil se comprometa durante a cúpula com metas objetivas de redução de desmatamento ilegal, zerando a prática até 2030.

    O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, insiste na ideia de que consegue reduzir a devastação da Amazônia em até 40% em 12 meses, se receber US$ 1 bilhão de países estrangeiros. Sem verba, disse que não se compromete com porcentuais, mas os americanos condicionam o financiamento a resultados concretos.

    Entre os convidados da reunião, estava o ex-ministro da Justiça Sergio Moro, que por sua vez, perguntou se haveria alguma coisa que o setor privado pudesse fazer caso o governo brasileiro não cooperasse com o meio ambiente. Chapman respondeu que muitas empresas americanas estão exigindo uma resposta mais contundente sobre meio ambiente, porque não querem pagar a conta de quem está envolvido com ilegalidades e desmatamento.

    De acordo com dados divulgados recentemente pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o desmatamento na Amazônia em março foi o maior dos últimos seis anos. A destruição da floresta no mês passado teve crescimento de 12,6%, totalizando 367,61 km² de desmatamento. O recorde anterior pertencia a 2018, com 356,6 km² destruídos, seguido por 2020, com 326,49 km² derrubados.

    Fonte: Amazônia.org.br

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