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14 de maio de 2021

Emergências Amazônia: importância dos povos indígenas para defesa do clima e da vida

Notícias

    A Mídia NINJA realizará um evento neste sábado (15) para debater o tema

    Para dar voz aos povos indígenas e debater as perseguições que lideranças indígenas sofrem, a Mídia NINJA promove neste sábado (15), o Emergências Amazônia. O encontro pretende ressaltar o papel dos povos originários na preservação ambiental. A Casa NINJA Amazônia, centro digital de mobilização de colaboradores para uma rede de suporte permanente da Amazônia, mostra a importância deste diálogo. “Falar dos povos indígenas é falar da preservação do Meio Ambiente, de direitos humanos, de respeito à vida, e a comunicação indígena é feita por eles para contarem suas histórias, sem um intermediário, o que é necessário e sempre foi feito por povos não indígenas.”

    Em entrevista ao site Amazônia, a Casa NINJA Amazônia conta como funciona este projeto.  A programação completa, a lista dos participantes e mais informações sobre o evento podem ser acessadas no site do projeto:  www.emergenciasamazonia.org/comunidade. 

    Leia abaixo a entrevista sobre a iniciativa: 

    Amazônia.org: Como surgiu o Emergências Amazônia e como ele funciona?

    Emergências Amazônia surgiu da necessidade de falar e denunciar a Emergência climática e como isso afeta a Amazônia e seus povos, e também trazer ativistas, especialistas, estudiosos, e principais atores envolvidos para debater as causas e propor soluções para impedir o avanço da destruição e preservar a Amazônia e outros biomas brasileiros.  Além de mostrar as soluções que os povos vêm apresentando ao mundo.  Não é só as urgências que marcam a Amazônia, mas sobretudo as potências.  Para isso, estamos realizando 10 encontros temáticos envolvendo os mais diversos temas e ativismos.  Ao fim, realizamos um grande encontro internacional online, com as mais diversas inteligências, para conectá-las e fortalecer as comunidades em torno da agenda.  O projeto é uma parceria com 342 Amazônia, Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), e especialmente nesta edição com a Coordinadora Latinoamericana de Cine y Comunicación de los Pueblos Indígenas (CLACPI) e apoio da Mídia Índia.

    Amazônia.org: Como foi feita a escolha do tema a ser debatido nesta terceira edição? Quais assuntos serão abordados e qual a relevância de cada um?

    Os povos indígenas são essenciais para a preservação das florestas e para combater os efeitos do aquecimento global no Brasil e no mundo, como constatam cientistas inclusive.  É importante destacar que indígenas são perseguidos desde quando os portugueses pisaram nessas terras, e é necessário dar voz a quem luta pela preservação de sua cultura, território e vidas, o que está fortemente relacionado à questão de terra, pauta de extrema importância no Brasil e que gera muita violência contra os povos indígenas, assim como quilombolas e ribeirinhos.  Nesta edição, iremos abordar a luta dos povos indígenas contra a crise climática, seu papel essencial na proteção das florestas, e também abordaremos a perseguição que está sendo feita pelo governo atual às lideranças indígenas, assim como ocorre em outros países latinos.  Por fim, mas não menos importante, a comunicação indígena será debatida também no Emergências Amazônia Indígena, apresentando como é feita, as dificuldades e vitórias, e o incrível trabalho que fazem.  Todos estes temas são relevantes e estão interligados, falar dos povos indígenas é falar da preservação do Meio Ambiente, de direitos humanos, de respeito à vida, e a comunicação indígena é feita por eles para contarem suas histórias, sem um intermediário, o que é necessário e sempre foi feito por povos não indígenas.

    Amazônia.org: Quais os resultados esperados que esse evento traga durante e no pós-evento?

    Conectar pessoas para buscar soluções e também realizar ações para que seja possível frear a destruição da Amazônia e a perseguição aos povos indígenas, quilombolas e tradicionais, e que as denúncias e depoimentos alcancem mais pessoas.  Claro, respeitando as normas sanitárias impostas neste momento triste que o Brasil e o mundo atravessam com a pandemia do Coronavírus, e por isso o evento é realizado de forma online.  Estamos construindo uma comunidade latina em defesa da Amazônia e para combater a crise climática.  Muitas pessoas estão angustiadas com todos os crimes e desastres que acontecem, e não sabem como ajudar.  O Emergências Amazônia quer abrir uma porta para quem já atua no ativismo ambiental, indígena e de direitos humanos, mas também para quem está buscando um caminho para ser atuante contra os absurdos que acompanhamos dia a dia.

    Amazônia.org: Qual a programação do encontro?

    Começaremos o evento às 11 horas, com uma reunião da Comunidade Emergências Amazônia, que começou a ser construída na primeira edição do Emergências Amazônia Indígena, no começo de março.  Às 14 horas, teremos o Encontro Internacional de Comunicadores Indígenas, com apresentação de cases de mídias indígenas do Brasil e participação de ativistas comunicadores indígenas de outros países latinos, mostrando a potência da comunicação feita pelos povos originários.

    Depois teremos a “Mesa internacional: Ameaças, lutas e resistência dos povos originários”, com a presença da coordenadora executiva da APIB e co-fundadora da Articulação Nacional das Mulheres Guerreiras da Ancestralidade (ANMIGA), Sonia Guajajara e Almir Suruí, outra liderança indígena reconhecida e premiada internacionalmente, que já sofreu diversas ameaças de morte, e recentemente, os dois foram intimados pela Polícia Federal a pedido da FUNAI, demonstrando perseguição do atual governo brasileiro às lideranças indígenas. Contaremos também com a presença de David Palmar, colombiano Coordenador Latino-americano de Cinema e Comunicação para Povos Indígenas, a equatoriana Katy Machoa, ex-líder da CONAIE Mulheres (2014-2017) e coordenadora de três escolas de treinamento de liderança de mulheres de nações amazônicas, Ignácio Pérez, do coletivo Abejas de Acteal do México, e por fim, Patricia Murer Paicil Barria, defensora do Território Mapuche.

    Por: Nicole Matos
    Fonte: Amazônia.org.br

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