Amazônia - Notícia e Informação
  • Notícias
  • Agronegócio
  • Biomas
  • Clima
  • Infraestrutura
  • Povos Tradicionais
  • Regional

data

1 de setembro de 2021

Pacote do Veneno pode ser votado a qualquer momento

Notícias

    Depois do PL da Grilagem e da Lei do Licenciamento, o presidente da Câmara, Arthur Lira, quer colocar em votação o projeto de lei que vai facilitar a entrada de mais agrotóxicos

    Pacote do Veneno: Lira está prestes a aprovar a boiada da vez

    Enquanto o Brasil atravessa uma das piores crises de sua história recente, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, a bancada ruralista e o governo federal se articulam para dar mais um golpe na saúde da população brasileira. Pode ser votado a qualquer momento – e a jato – um projeto de lei que vai permitir mais agrotóxicos no prato das nossas famílias. Conhecido como Pacote do Veneno, o PL n.º 6.299/2002 torna ainda mais fácil a liberação de substâncias que, inclusive, já foram banidas em outras partes do mundo. 

    Mais de 20 órgãos públicos, organizações da sociedade civil e até a ONU já se manifestaram publicamente contra o projeto. Quase 2 milhões de cidadãos e cidadãs assinaram um abaixo-assinado pedindo a redução do uso de agrotóxicos no Brasil. Instituições como a FIOCRUZ, a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO), o Instituto Nacional do Câncer (INCA) e o Ministério Público Federal chegaram a um consenso técnico-científico histórico, alertando para os riscos que a proposta traz à vida das pessoas e do meio ambiente. 

    Mas o atual governo e os representantes do agronegócio no Congresso preferem ignorar a ciência e a voz do povo brasileiro. Desde que subiu a rampa do Planalto, há apenas dois anos, Bolsonaro bateu todos os recordes ao liberar mais de mil novas substâncias venenosas em território nacional: seu governo já é responsável por autorizar cerca de 25% de todos os registros de agrotóxicos feitos nos últimos 20 anos no Brasil. 

    A boiada vai passando e pisoteando cada pedaço da nossa legislação ambiental. O Pacote do Veneno volta à pauta da Câmara depois que os deputados ruralistas e governistas já conseguiram aprovar a Lei do (não) Licenciamento e o PL da Grilagem. Nas próximas semanas, Arthur Lira ainda pode colocar em votação projetos que atentam contra os territórios indígenas. 

    O governo Bolsonaro e os deputados ruralistas estão escolhendo empurrar a saúde e o futuro dos nossos filhos e filhas para o fundo do poço. Estão escolhendo um modelo de produção agrícola que adoece, desmata e mata. Estão escolhendo por mim, por você, por toda a população brasileira. 

    Vamos deixar eles decidirem por nós?

    Assine já: Chega de Agrotóxicos

    As principais armadilhas do “Pacote do Veneno”:

    1. Transfere todo o poder DE DECISÃO de aprovação de um novo agrotóxico para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, tornando praticamente consultivas outras partes fundamentais do processo de avaliação e aprovação, como o Ministério do Meio Ambiente e a Anvisa, órgãos responsáveis pelos pontos mais importantes em jogo: saúde e meio ambiente;
    2. Garante o registro de substâncias comprovadamente cancerígenas. Atualmente ingredientes ativos que causam graves danos à saúde (teratogênicos, carcinogênicos, mutagênicos) são totalmente proibidos caso já tenha alguma evidência ou a partir do momento que demonstrem em novos estudos tais propriedades tidas como proibitivas. O pacote do veneno exclui esse texto e em troca diz que qualquer ingrediente pode ser liberado, desde que não apresente “risco aceitável”, sem sequer definir o que é aceitável. Pergunta importante: aceitável para quem? 
    3. Muda o termo “agrotóxico” para “pesticidas” mascarando a nocividade dessas substâncias e não atendendo à realidade brasileira de baixa escolaridade no campo. O termo agrotóxico é amplamente conhecido por quem lida diariamente com essas substâncias. Ele não foi adotado ocasionalmente na construção da Lei 7.802/1989, mas sim para colocar em evidência a toxicidade destas substâncias, representando perda de direito à informação correta. Chamar agrotóxicos de defensivos é como chamar COVID de gripezinha.
    4. O PL também inclui conferir registro temporário sem avaliação para aqueles pesticidas que não forem analisados no prazo estabelecido pela nova lei. Isso é o que os ruralistas chamam de “celeridade” ao processo, ou seja: “não deu para avaliar a segurança para a saúde e o meio ambiente? Então aprova e depois vê no que dá!”.

    Por: Bernardo Camara
    Fonte: Greenpeace

    STF retoma hoje julgamento sobre o Marco Temporal STF encerra primeiro dia de julgamento sobre as Terras Indígenas do país

    Related Posts

    Design sem nome (5)

    Destaques, Notícias

    O site Amazônia encerrou suas atividades 

    Notícias, Povos Tradicionais

    MPF apura atraso em demarcação de terras indígenas no interior do Acre

    Pantanal pode perder 10 mil hectares de vegetação nativa

    Biomas, Notícias

    Pantanal pode perder 10 mil hectares de vegetação nativa

    Pesquisar

    Newsletters

    Assine a newsletter

    Amazônia - Notícia e Informação

    Politica de Privacidade

    • Política de Privacidade
    • Termos & condições
    O conteúdo do site Amazônia é de uso livre e irrestrito. Pode ser compartilhado desde que citada a fonte.
    Conteúdos de sites parceiros devem ser observadas as políticas de terceiros.