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26 de outubro de 2021

Assim como desmatamento, exploração madeireira avança pelo norte de Rondônia

Biomas, Notícias

    Divisa entre RO, MT e AM é conhecida como a “nova fronteira do desmatamento”. Do total explorado no estado, em ao menos 5 mil hectares e retirada de madeira foi feita de forma ilegal

    Toras de madeira em serraria no km 180 da rodovia BR 230, Transamazônica. Foto: Bruno Kelly/Amazônia Real, em agosto de 2020.

    Cerca de 70 mil hectares de florestas em Rondônia foram utilizados para extração madeireira, entre 2019 e 2020. Do total desta área, em ao menos 5.814 hectares a retirada da madeira ocorreu de forma ilegal, em áreas protegidas. Os dados, divulgados na última semana, fazem parte de um estudo realizado pela Rede Simex, formada por quatro organizações ambientais: Imazon, Idesam, Imaflora e ICV. Rondônia é o terceiro no ranking de estados com maior área utilizada para exploração florestal na Amazônia.

    A extração de madeira em unidades de conservação de proteção integral e Terras Indígenas é vedada por lei. No entanto, o trabalho revelou que somente em TIs, a área explorada chegou a  3.307 hectares.

    A TI Tubarão Latunde, localizada no sudeste do estado, concentrou 68% das explorações, com 2.242 hectares, o equivalente a mais de dois mil campos de futebol. A outra terra com extração de madeira identificada no estudo foi a Rio Omerê, onde 1.065 hectares foram explorados, 32% do total mapeado em terras indígenas.

    Na categoria de unidades de conservação de proteção integral, 86% da exploração madeireira ocorreu no Parque Nacional dos Campos Amazônicos. A UC é localizada no norte de Rondônia, na divisa com o Amazonas e Mato Grosso, região que enfrenta alta pressão pela destruição da floresta. 

    Já nas unidades de conservação de uso sustentável, 78% das explorações ocorreram na Reserva Extrativista Rio Preto-Jacundá e na Floresta Nacional de Jacundá, que está em concessão.

    Apesar dos números significativos de extração ilegal em áreas protegidas, o total da ilegalidade é bem maior. O problema é que a falta de acesso aos dados públicos completos impediu a análise em todo território rondoniense. No Mato Grosso, por exemplo, outro estudo da Rede Simex mostrou que os imóveis rurais cadastrados eram responsáveis por 70% da exploração ilegal no estado.

    “A Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM/RO disponibilizou parcialmente dados de autorizações de exploração florestal e das áreas de manejo florestal (AMF). No entanto, esses dados não foram suficientes e não apresentaram os formatos necessários para a concretização da análise de legalidade até o lançamento do presente estudo”, diz parte do trabalho.

    Exploração por categorias

    Conforme a pesquisa, foram identificados 69.794 hectares com exploração madeireira em Rondônia, entre agosto de 2019 e julho de 2020. Destes, 78% (54.416 hectares) concentraram-se em imóveis rurais cadastrados, 10,2% (7.154 ha) em unidades de conservação que não de proteção integral, 8,3% (5.814 ha) em UCs de proteção integral e Terras Indígenas, 1,3%  (901 ha) em assentamentos rurais, 0,5% (392 ha) em terras não destinadas e 1,6% (1.117 ha) em outras categorias.

    Somente na cidade de Porto Velho foram identificados 29.646 ha da exploração madeireira no período (42%), seguida por Machadinho d´Oeste, com 8.129 ha (12%), e Candeias do Jamari, com 6.317 hectares (9%).

    “Esses municípios concentram-se na região norte que, nos últimos anos, destacou-se pelo desmatamento. E, agora, segundo os nossos dados, também destaca-se pela exploração madeireira”, afirma Julia Niero Costa, do Imaflora.

    Extração madeireira 

    Ao contrário do desmatamento, em que ocorre a remoção completa da vegetação com o ‘corte raso’, a exploração madeireira feita fora do estabelecido nos planos de manejo provoca degradação, que é quando a floresta é continuamente empobrecida por distúrbios, reduzindo sua biomassa e o próprio estoque de madeira comercial.

    A extração madeireira sem controle leva ao empobrecimento da biodiversidade e à emissão de gases de efeito estufa, entre outros problemas.

    Por: Cristiane Prizibisczki
    Fonte: O Eco

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