INPE: Desmatamento na Amazônia em julho foi de 1.476 km²
Em julho também encerrou o calendário do desmatamento que vai de agosto de um ano até julho do outro ano e aguarda-se os dados consolidados divulgados pelo Prodes do INPE
Segundo os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em julho de 2022 a Amazônia perdeu 1.476 quilômetros quadrados de floresta. O órgão ainda não divulgou os dois últimos dias do mês no sistema, mas o índice demonstra a tendência consecutiva de alta de desmatamento.
Em relação ao mês anterior o dado mostra um aumento de 32%, o que é comum para o mês de julho, já que o período de chuvas na Amazônia se encerra facilitando a ação ilegal. No entanto, nos últimos meses o desmatamento tem batido recordes de devastação mesmo no período de chuva, ultrapassando sempre mil quilômetros quadrados.
Em 2022, o Pará foi o estado que mais desmatou, com 3.070 km², seguido do Amazonas, 2.289 km² e Mato Grosso, 1.1179 km². Apuí e Lábrea, ambos no Amazonas, foram os municípios com maiores índices, sendo 152.52km2 e 90,86 km2 respectivamente.
O mês de julho também encerra o calendário do desmatamento, que vai de agosto de um ano até julho do outro ano. Os dados ainda precisam ser processados pelo sistema Prodes do INPE, para serem oficiais, por enquanto são considerados apenas alertas de desmatamento e utilizados para orientar ações de combate ao desmatamento.
“O calendário do Prodes encerrou, mas não temos previsão de quando os dados serão divulgados, porém é de se esperar que o valores estejam muito próximos dos divulgados no anos passado mantendo a tendência de aumento vista nos últimos anos e, mesmo que se repita os valores do ano anterior, essa estabilização num patamar tão alto é mais um alerta sobre o tamanho do desafio para se trazer essas taxas para os patamares anteriores aos do atual governo”, alerta o diretor executivo da Amigos da Terra – Amazônia Brasileira, Mauro Armelin.
Fonte: Amazônia.org.br