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16 de novembro de 2022

“Não mediremos esforços para zerar o desmatamento e a degradação dos nossos biomas até 2030”, afirma Lula

Destaques, Notícias

O presidente eleito afirmou que o combate às mudanças climáticas será prioridade, lembrou a importância dos povos originários, do combate a ilegalidade e criticou o governo Bolsonaro

O presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, discursou hoje durante a 27ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP27) que acontece em  Sharm El Sheikh, Egito. Lula ressaltou que a emergência climática afeta a todos, embora seus efeitos recaiam com maior intensidade sobre os mais vulneráveis e garantiu que seu governo terá como prioridade o combate às mudanças climáticas.

“Não há segurança climática para o mundo sem uma Amazônia protegida, não mediremos esforços para zerar o desmatamento e a degradação dos nossos biomas até 2030”, afirmou durante o seu discurso. Lula, que já foi presidente do país, lembrou que o país tem a receita para redução dos índices de degradação e crescimento econômico: “volta a vigorar os valores civilizatórios, o respeito aos direitos humanos e o compromisso de enfrentar com determinação a mudança climática. O Brasil já mostrou para o mundo o caminho para derrotar o desmatamento e o aquecimento global. Entre 2004 e 2012 reduzimos a taxa de devastação da Amazônia em 83%, enquanto o PIB agropecuária crescia 75%”. 

Além do combate às mudanças climáticas, o presidente eleito reforçou que irá combater atividades ilegais e confirmou a criação de um ministério para os povos originários.

Presidente eleito, Lula, ao lado de líderes indígenas e de Marina Silva
Foto: Ricardo Stuckert

“Vamos recriar e fortalecer todas as organizações de fiscalização e o sistema de monitoramento que foram desmontados nos últimos quatro anos. Vamos punir com todo rigor o responsável por qualquer atividade ilegal, seja garimpo, mineração, extração de madeira ou ocupação de pecuária indevida. Esses crimes afetam sobretudo os povos indígenas e, por isso, vamos recriar o ministério dos povos originários, para que os próprios indígenas apresentem ao governo propostas de políticas que garanta a eles a sobrevivência digna, segurança, paz e sustentabilidade.”, afirmou. 

Recursos para Proteção

Ainda em seu discurso, Lula cita o retorno do Fundo Amazônia, paralisado em 2019 durante o governo de Bolsonaro, sob acusações de irregularidades que nunca foram comprovadas. “Logo após a nossa vitória, em outubro, Alemanha e Noruega anunciaram a intenção de reativar o Fundo Amazônia. O fundo dispõe de mais de 500 milhões de dólares que estão congelados desde 2019, devido à falta de compromisso do governo atual com a proteção da Amazônia. Estamos abertos a cooperação internacional para preservar nossos biomas, seja em forma de investimento ou pesquisa científica, mas sempre sob a liderança do Brasil sem jamais renunciarmos a nossa soberania.”

Com a retomada do fundo, especialistas acreditam que haveria redução nos números de desmatamento e queimadas, já que na prática as ações apoiadas pelo Fundo Amazônia, envolvem a fiscalização das áreas desmatadas, monitoramento ambiental por satélite, programas de desenvolvimento sustentável, assentamentos, reflorestamento, pesquisa, tecnologia e apoio na implantação do Código Florestal por meio da criação de sistemas do Cadastro Ambiental Rural (CAR).

Por: Aldrey Riechel e Nicole Matos
Fonte: Amazônia.org.br

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