Desmatamento no Cerrado tem aumento de 25% em um ano
O Cerrado perdeu 10.688,73 km² de vegetação nativa no período de agosto de 2021 a julho de 2022, de acordo com os dados do projeto PRODES Cerrado, desenvolvido e operado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) unidade do Ministério de Ciência Tecnologia e Inovações (MCTI).
O valor representa um aumento de 25% em relação ao apurado pelo PRODES no último ano (8.531,44 km²). É o terceiro ano consecutivo de aumento no desmatamento do Cerrado, situação nunca vista na série histórica do monitoramento do INPE desde 2000.
O estado do Maranhão foi o que apresentou a maior área de vegetação nativa derrubada (2.833 km²), seguido pelo Tocantins (2.127 km²), Bahia (1.427 km²) e Goiás (984 km²).
Desmatamento na Amazônia
De acordo com o último relatório do Prodes para a Amazônia, divulgado em novembro, a área desmatada no bioma foi de 11.568 km² entre agosto de 2021 e julho de 2022.
O índice representa uma queda de 11%, mas o desmatamento permaneceu com viés de alta durante toda a gestão de Jair Bolsonaro. Os números do Prodes 2021 (período que engloba agosto de 2020 a julho de 2021), foram de 13 mil km² de área desmatada, maior número desde 2006.
O Pará, mesmo tendo reduzido em 21% a taxa de desmatamento de um ano para o outro, ainda foi o campeão em 2022, tendo mais de 4 mil km² de áreas afetadas. Em seguida aparecem o Amazonas, com 2.607 km², Mato Grosso, com 1.906 km² e Rondônia, 1512 km². O Acre desmatou 847km², Maranhão, 282 km², Roraima 240 km², Tocantins, 27 km² e Amapá, 6 km². Apenas o Amazonas teve aumento de suas taxas, de 13%.
Por: Nicole Matos
Fonte: Amazônia.org.br