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24 de fevereiro de 2023

Mais um indígena é baleado na Terra Indígena Arariboia, no Maranhão

Notícias, Povos Tradicionais

Nessa quinta-feira (23), dois homens efetuaram disparos de arma de fogo contra um indígena e um não indígena da aldeia Toarizinho; as vítimas estão hospitalizadas em estado grave

Manifestação indígena em Brasília, no ano de 2021. Foto: Verônica Holanda/Cimi

Na noite dessa quinta-feira (23), mais um indígena foi vítima da escalada de violência na Terra Indígena (TI) Arariboia, no Maranhão: Jone Canaré Guajajara, filho do cacique Tomazinho Guajajara. Por volta das 19h, dois homens armados entraram na aldeia Toarizinho e efetuaram disparos de arma de fogo contra Canaré e outro rapaz, um não indígena que também mora na aldeia.

Até o momento, sabe-se que as vítimas foram levadas, em estado grave, para um hospital próximo ao território e estão sob cuidados médicos. As informações foram obtidas pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi) – Regional Maranhão na manhã desta sexta-feira (24).

Ao Cimi Regional Maranhão, uma indígena – que terá a identidade preservada nesta matéria – denunciou o aumento de violência dentro e ao redor do território.

“A gente só pede que a Justiça aconteça, porque isso aí não é normal”

“Infelizmente essa é uma notícia triste, ainda mais por se tratar de uma pessoa próxima. A gente só pede que a Justiça aconteça, porque isso aí não é normal. O que está acontecendo nessa região é um genocídio. Está muito violento, muito perigoso para todos nós, principalmente em Arame”, lamenta.

Escalada de violência

No dia 7 de fevereiro deste ano, o Cimi publicou uma matéria sobre os casos mais recentes de violência que ocorreram no Maranhão. Apenas no mês de janeiro – entre os dias 9 e 31 –, foram cinco ataques – resultando em três mortes (incluindo um não indígena casado com uma indígena Guajajara) e duas pessoas gravemente feridas.

Das cinco vítimas, quatro eram da TI Arariboia. O território, que é ocupado por diversas aldeias do povo Guajajara e por indígenas do povo Awá em isolamento voluntário, sofre com crônicos ataques de madeireiros e caçadores. A outra vítima morava na TI Cana Brava (MA).

À época, o coordenador do Cimi Regional Maranhão, Gilderlan Rodrigues, afirmara que todos esses casos revelam uma “falha nas operações” e omissão.

“É preciso melhorar a forma que conduzem as investigações desses casos. Quando há omissão, o contexto é ainda pior. Os casos de assassinatos não são investigados e os culpados não são punidos. E, cada vez mais, esses conflitos vão aumentando”, afirma Gilderlan.

Indígena Guajajara carrega foto de Paulo Paulino Guajajara, assassinado por madeireiros na Terra Indígena Arariboia, no Maranhão. Foto: Tiago Miotto/Cimi

Entre 2003 e 2021, a plataforma Caci, que mapeia os casos sistematizados pelo relatório Violência contra os Povos Indígenas no Brasil, do Cimi, registra 50 assassinatos de indígenas do povo Guajajara no Maranhão; destes, 21 eram indígenas da TI Arariboia.

Fonte: Cimi

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