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4 de agosto de 2023

Desmatamento na Amazônia reduz 66% e aumenta 23% no Cerrado

Meio Ambiente, Notícias

No mês de julho a área sob alertas de desmatamento na Amazônia foi de 499,91 km2, o que representa uma queda de 66,4% em relação ao mesmo período do ano passado. O índice revela também uma queda de 24,6% em relação ao mês de junho, quando a área desmatada foi de 663 km2. Os dados foram divulgados pelo governo federal em uma coletiva de imprensa com a presença da Ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva.

A queda ocorre em meio ao período mais crítico, no qual são geralmente registradas as taxas mais altas em função do período de seca no bioma. Dados acumulados de janeiro a julho revelam ainda uma redução de 42,5% na área desmatada no bioma, no total foram derrubados 3.148,63 km2 de florestas, a menor área acumulada registrada desde 2018.

“Quando se vê o aumento das operações, das multas, dos embargos, das apreensões, e a retirada de gado de áreas embargadas, isso cria um círculo virtuoso em que não há mais expectativa de impunidade. Cada um que comete crime pensa duas vezes antes de praticá-lo, sabe que está sendo monitorado por satélite e que vai ter ação dos órgãos de fiscalização”, disse Marina.

“A redução do desmatamento demonstra que ações de fiscalização e controle estão surtindo efeito na Amazônia, e devem estimular ainda mais o apoio nacional e internacional para a proteção no bioma. Mas a atenção voltada para o bioma não deve obscurecer a necessidade de coordenar esforços em todos os biomas brasileiros, assim como a necessidade de aplicação da legislação florestal que tem instrumentos fundamentais que precisam sair do papel”, afirma Mauro Armelin, diretor executivo da Amigos da Terra – Amazônia Brasileira.

O Pará concentrou a maior parte da área sob alertas, com 236,82 km2, seguido pelo Amazonas (92,39 km2), Mato Grosso (85, 54 km2), Rondônia (45,27 km2) e Acre (24,95 km2), Maranhão (8,55 km2) e Roraima (5,45 Km2). Já na lista de municípios, seis são do estado do Pará, tendo São Félix do Xingu ocupado a primeira posição, (38,01 km2), seguido de Altamira (28,10 km2) e Portel (19,39 km2).

Cerrado

No Cerrado, 599,23 km² estiveram sob alertas de desmatamento, um aumento de 23% em comparação ao mesmo período do ano passado e de 21,7% em relação aos sete primeiros meses do ano anterior. A região conhecida como Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) continuou sendo a área mais pressionada.

Durante a coletiva, o governo anunciou que tem trabalhado para obter informações sobre autorizações de supressão da vegetação nativa, já que “no Cerrado, temos uma situação que é complexa em função da incidência de desmatamento com autorização dos Estados”, disse Marina. No bioma, proprietários rurais podem desmatar até 65% de suas áreas, enquanto na Amazônia só é permitido desmatar 20% da área.

A ministra ressaltou ainda que passada a fase das ações emergenciais, chega o momento de ações estruturantes. “Ninguém sustenta um processo complexo como esse, apenas com atitude de força, de comando e controle. Elas são importantes, mas há outro trilho que está previsto no PPCDam, que é o investimento em atividades produtivas sustentáveis, marcos regulatórios, a parte de ordenamento territorial e fundiário e uma coisa muito importante que me anima muito: o ministro da Economia, Fernando Haddad, está coordenando, já em fase de finalização a transição ecológica brasileira”, afirmou.

“Considerando que grande parte dos alertas de desmatamento estão em áreas com o Cadastro Ambiental Rural (CAR) será de suma importância engajar os produtores rurais nessa transição para uma economia verde, dando alternativas e incentivos para práticas sustentáveis, de modo que possam escolher qual futuro deixarão para as próximas gerações”, afirma Cintia Cavalcanti, Analista do Programa de Cadeias Agropecuárias.

Em junho desmatamento na Amazônia desacelera Desmatamento na Matopiba aumentou 37% em 2022

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