Empresa responsável pela usina diz que operação tem sido prejudicada pela falta de infraestrutura para a entrega da produção de suas turbinas.

Em carta enviada no início do mês pela concessionária Norte Energia, empresa que administra Belo Monte, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), afirma que atraso em linhas de transmissão, pode inviabilizar financeiramente a hidrelétrica.
As linhas de transmissão deveriam estar prontas desde 2017, porém as empresas espanholas Abengoa e Isolux a qual pertenciam, faliram e deixaram um rastro de atrasos e processos judiciais no setor elétrico brasileiro. Desde 2018 a falta de infraestrutura para a entrega da produção de suas turbinas gera uma “frustração de receita” que já soma cerca de R$ 168 milhões.
“Prejuízos severos que vêm se acumulando desde 2018 serão agravados indefinidamente, podendo até mesmo inviabilizar o equilíbrio econômico-financeiro da concessão da usina hidrelétrica Belo Monte”, afirma a Norte Energia no documento.
A Aneel informou que as obras serão retomadas e a responsável pela construção será a empresa Engie. O prazo de conclusão das linhas está previsto apenas para março de 2023, até lá a frustração da receita tende a aumentar.
Belo Monte é a maior usina brasileira, está localizada no rio Xingu, no Pará, e teve o acionamento de sua última unidade geradora, em novembro de 2019. A maior parte da energia gerada pela hidrelétrica é escoada por duas linhas de grande porte que saem do Pará e seguem em rotas de mais de 2 mil quilômetros de extensão até a fronteira com São Paulo e Rio de Janeiro.
*Com informações do O Estado de S.Paulo
Fonte: Amazônia.org.br