Com o tema áreas úmidas, certame da Convenção de Ramsar mobilizou jovens do mundo todo. Foto finalista foi feita no Amazonas.

Uma foto feita pela manauense Aline Fidélix, 25 anos, durante uma expedição de campo com o Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, recebeu destaque no concurso de fotografia para jovens organizado pela Convenção de Ramsar. A fotógrafa ficou entre os sete finalistas do certame, que recebeu mais de 700 inscrições do mundo todo, e foi a única selecionada da Américas.
O concurso foi lançado no dia 2 de fevereiro, Dia Mundial das Áreas Úmidas, que teve como tema neste ano Áreas úmidas e redução de riscos de desastres. “Essa iniciativa é importante para alertar sobre a importância das áreas úmidas, que são ecossistemas provedores de diversos serviços ecossistêmicos, para despertar o interesse dos jovens a respeito dessas áreas e para divulgar a própria Convenção Ramsar, que ainda é pouco conhecida no Brasil”, afirmou o analista ambiental Maurício dos Santos Pompeu, da Secretaria de Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente.
A fotografia retrata uma casa flutuante na comunidade de Curupira, no estado do Amazonas, durante a estação seca. “É um excelente retrato sobre a dinâmica da seca em nossa região”, comentou a assessora de comunicação Eunice Venturi, do Instituto Mamirauá. O Instituto foi vencedor de Prêmio Nacional da Biodiversidade, organizado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), em 2015.
MOTIVAÇÃO
Aline conta que quando viu a cena ficou tocada. “Não tive como não fazer essa foto! O contraste gigante daquela casa na paisagem, que daqui a seis meses estaria sobre o rio novamente”, conta Aline. “Na época da chuva, o rio sobe até onde eu estava para fazer a foto”.
A jovem revela que, por meio da fotografia, uma paixão na sua vida, espera sensibilizar as pessoas para a realidade do Norte. “Quero que as pessoas se importem. Quis passar uma realidade que tem aqui, das famílias ribeirinhas, para que o todo o Brasil e o mundo conheçam”, revela. Aline é formada em Relações Públicas e trabalha como fotógrafa freelancer, quando não está fazendo roteiros para uma produtora local de audiovisuais. Esta foi a sua primeira participação em concurso internacional de fotografias.
Por: Letícia Verdi
Fonte: MMA